Fonte: Falando de Flamengo
Era uma noite de setembro de 2013 e, após uma virada surpreendente, o Atlético Paranaense aplicou uma goleada de 4 x 2 no Flamengo e, com 3 meses de trabalho e 50% de aproveitamento, o técnico Mano Meneses estarreceu a todos com um pedido de demissão. Sim, amigos! Ele pediu para sair, e todos, inclusive a torcida, ficaram enraivecidos por ele ter pulado do barco! Se ele quisesse, teria ficado!
Dois anos depois, quanta diferença! Hoje vejo grande parte da torcida ensandecida contra um treinador com dois meses de cargo, que assumiu a terra arrasada deixada por Luxemburgo e tem que conviver com um elenco em gestação.
Não me atrevo a defender o trabalho do Cristóvão, não. Acho que, principalmente no quesito leitura de jogo, ele está devendo muito. Demorou a perceber a mudança tática no posicionamento do Lucas Lima contra o Santos e substituiu Alan Patrick contra a Ponte Preta em um movimento de risco; tentou evitar que o gol fosse vazado sem ter opções para voltar atrás caso isso acontecesse. E aconteceu. Mas, reconheço muitas qualidades e avanços na parte tática da equipe. Compatíveis com um bom trabalho de 2 meses de duração.
Então, analisando o planejamento da diretoria de formar um elenco mais qualificado apenas no segundo semestre para que o custo do Departamento de Futebol em 2015 fosse menor que em 2014, concluo que, apesar de todos torcerem por vaga na Libertadores e título do Campeonato Brasileiro, não foi para isso que nós nos preparamos. Nos planejamos para ficar no meio da tabela. E, se você torcedor é contra isso, o menos culpado é um cara que chegou ao clube há 2 meses. Concorda?
Acho que a paciência da torcida com metas medíocres acabou, mas estão descontando na minoria errada. Que tal descontar nos carecas? Que os carecas EBM e Wallim assumam seus erros no Departamento de Futebol e, quem quer que vença as eleições no final do ano, tenha a humildade de mudar os rumos. Ambos erraram bastante nesse quesito! Ah! Não quero comprar a tese de racismo, mas se tem outro cara no Flamengo que é execrado antes de entrar em campo, é o Almir. Nem jogou e já é odiado.
No mais, espero que Cristóvão melhore seus resultados e pare de cair nesse papo de perseguição, porque o melhor técnico desse Brasileirão é negro e treina um time cuja torcida é bem menos miscigenada que a nossa; bom trabalho o do Roger.
PS: Eu pensei em citar a gracinha do “jornalista”, mas o “jornalista” não merece citação, merece descansar no ostracismo. Usa os poderosos meios de comunicação para os quais trabalha para fazer política na Gávea. Corpo de tubarão e comportamento de rêmora!
É isso, gostei do texto.