Vinte dias agoniantes se passaram para o torcedor cruzeirense desde o último dia 7, quando a série final da Copa do Brasil foi aberta. O 1 a 1 arrancado contra o Flamengo — e digo “arrancado” porque, pelo que se viu no primeiro tempo, parecia que rubro-negro dominaria e venceria — encheu os celestes de confiança. Sentimento esse que dominará as arquibancadas do Mineirão, às 21h45 de hoje, mas com cautela.
Para essa noite, algumas situações. Pelo Cruzeiro, o técnico Mano Menezes certamente está feliz em poder contar com o bom momento de Arrascaeta. Ele superou lesões recentes para crescer gradualmente e decidir nos últimos jogos, inclusive no Maracanã. Mesmo se não começar atuando, é uma grande arma para uma possível mudança do cenário, se necessário, na etapa complementar.
Quanto a Alisson, que acelerou sua recuperação de lesão após entrada criminosa de Douglas Grolli em Chapecó, é esperada a sua participação, não sei se desde o início e na melhor de suas condições. Certo é que Sóbis está fora, com Raniel, de 21 anos e potencial enorme, esperando a grande oportunidade da ainda curta vida no futebol.
Do lado do Flamengo, a grande novidade e aposta para homem do jogo tem nome e sobrenome: José Paolo Guerrero Gonzales. Pelo Fla, tem a melhor média da carreira em clubes: 101 jogos, 42 gols, 0,42 por partida. Além disso, 13 assistências. Ano a ano, 2017 representa a segunda melhor média da vida, com um gol a cada duas partidas. Tudo bem que o garoto Paquetá, substituto de Guerrero no Rio, marcou o único gol carioca na ida, mas o retorno do artilheiro pesa demais para o time de Rueda. Só por esse “fator Guerrero”, eu enxergo o duelo de hoje como mais complicado que o do dia 7 para o Cruzeiro, mesmo em casa.
O técnico colombiano vive a expectativa de poder utilizar Everton, titular absoluto no setor esquerdo de ataque. Ele fez de tudo para estar inteiro após uma lesão muscular grau 2 na panturrilha depois do primeiro jogo da final. Foi entregue à preparação física recentemente e certamente não está 100%, mas vai pro jogo. Se não atuar, Rueda tem problemas em questão de característica pra saber quem entraria: Lucas Paquetá? Vinícius Júnior? Gabriel? Difícil a opção. Mas aposto que Everton começa.
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Com ou sem G-6 no Brasileiro, o título hoje representa a transformação do ano celeste e rubro-negro. Uma conquista elimina muitas das contestações quanto ao trabalho de Mano e o potencial de alguns atletas, assim como uma derrota tem o poder de fazer o segundo semestre do Flamengo apagar uma primeira parte do calendário pra ser esquecida. Por isso, nada mais interessa, tanto ao Cruzeiro como ao Flamengo.
Fonte: Opinião | Jornal O Tempo
Mengão 3×0. Pode acreditar!!
Éverton C. é um bom jogador? Sim! É fundamental para o elenco? Sem dúvida! Titular no elenco atual? Certamente! Mas, absoluto? Nem tanto… &;-D