Após gol de mão de Jô contra o Vasco, a diretoria da CBF decidiu acelerar a implantação do árbitro de vídeo no Brasileiro: a ideia é ter na próxima rodada. O sistema terá de respeitar o protocolo determinado pela Fifa, único permitido pela International Football Board Association. É o mesmo que será utilizado pela Conmebol nas semifinais da Libertadores.
A CBF vinha protelando a instalação do árbitro de vídeo por economia já que o custo estimado é de R$ 15 milhões por ano. Por isso, foram feitos testes apenas em dois jogos da final do Campeonato Pernambucano, além de experiências offline. Mais: a confederação tinha discordâncias com a Fifa sobre a abrangência da atuação do juiz no monitor, mas só poderá usar o sistema da federação internacional.
E a Fifa já estabeleceu umas série de regras básicas para atuação do árbitro de vídeo. A intenção geral é que sejam poucas revisões em lances capitais, sem parar o jogo inteiro. Veja nesta série de perguntas como irá funcionar o sistema.
Como funciona?
Um árbitro ou ex-árbitro ficará em frente a um monitor com imagens dos jogos. O árbitro de campo pode consulta-lo no caso de dúvida ou o juiz à frente da televisão pode interferir se identificar um erro não visto pelo colega no campo. Eles se falam por intercomunicação. A decisão final é de quem está em campo. A CBF ainda vai decidir exatamente em que locais ficarão os juízes à frente do monitor, dependendo da infraestrutura do estádio.
Quando o árbitro poderá atuar?
1) Lances de gol para ver se houve irregularidade em impedimento ou se a bola entrou. Não será possível voltar atrás se for marcado impedimento inexistente porque o lance para.
2) Pênaltis para saber se houve, de fato, a falta na área.
3) Cartões vermelhos para verificar se ocorreram agressões fora do lance não vistas pelo árbitro.
4) Identificação de jogadores em confrontos em massa em campo.
Quais imagens serão usadas?
No caso brasileiro, serão usadas as imagens da Globo, detentora dos direitos do Brasileiro. A CBF entende que tem de ser utilizadas as mesmas imagens vistas pelo torcedor para não gerar dúvida. Em Pernambuco, houve testes com produção própria e com imagem da emissora oficial. Ainda não está descartado o uso de transmissão própria que seria mais cara também. Fato é que a imagem não terá som.
O sistema brasileiro de árbitro de vídeo já está maduro para ser usado?
Fifa e Conmebol contrataram empresas para implantar o árbitro de vídeo, sendo no caso da federação internacional o Hawk-eye que já era usado em outras competições esportivas. Ambas fizeram treinamentos com os árbitros que utilizarão o sistema. No Brasil, foram treinados pela Conmebol três árbitros: Anderson Daronco, Wilton Pereira Sampaio, e Sandro Meira Ricci, além de Péricles Bassols, internamente. Não foi contratada nenhuma empresa pela CBF para controlar o sistema, pois não havia previsão de implantação. A entidade vai se basear no que pegou com a Conmebol, e vai treinar de forma intensiva outros 11 árbitros, em um total de 14.
Há um problema de usar no meio do campeonato?
A CBF já tinha previsto em seu regulamento de competições de 2017 que poderia implantar o sistema de árbitro de vídeo durante qualquer das suas competições, independente da fase. Está no artigo 77. Ou seja, tem respaldo jurídico. O regulamento, inclusive, prevê que não é necessário fazer em todas as partidas, podendo a confederação utilizar só em algumas. A própria comissão de arbitragem admite que pode ter o árbitro de vídeo em alguns jogos e outros, não, dependendo da infraestrutura. A Conmebol também decidiu pelo uso do árbitro de vídeo no meio da Libertadores, a partir das semifinais.
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O sistema de árbitro de vídeo já tem regras definitivas?
A International Board ainda não decidiu as regras definitivas do árbitro de vídeo que está em aprimoramento. Há um protocolo provisório feito pela Fifa que tem de ser usado em todos os países. A expectativa é de que o padrão ganhe contornos definitivos no final do ano, ou início de 2018, para chegar à Copa da Rússia consolidado.
Deviam ser 3 árbitros em frente ao monitor, cada árbitro tem uma interpretação diferente e se 2 de 3 tiverem a mesma opinião essa seria repassada ao juiz do jogo.
Bom vamos ver se os árbitros brasileiros São competentes para isso pós em campo deixa a deijeijar
Cadê a isonomia? Ou se faz no campeonato todo ou deixa pro ano que vem! Ou se faz em todas as rodadas ou em nenhuma!