FOTO: ALEXANDRE VIDAL/ FLAMENGO
Com dois atacantes em alta no cenário nacional, Rogério Ceni precisa encontrar meios de ceder aos pedidos por Gabigol e Pedro juntos no Flamengo, principalmente para suprir algumas ausências de Bruno Henrique. Analisando os últimos testes rubro-negros com a dupla em campo, o colunista da UOL, Rodrigo Coutinho, entende que abrir espaço para o camisa 21 é um dos maiores desafios do treinador à frente do Mais Querido.
– Nos últimos dois jogos que disputou, o desempenho ofensivo do Flamengo sofreu uma queda em comparação aos jogos anteriores, e a impossibilidade de contar com Gabigol e Bruno Henrique lado a lado está diretamente ligada a isso. Não é só pela qualidade, entrosamento e hierarquia que ambos proporcionam ao time, mas ao funcionamento coletivo a partir daquilo que Ceni pensou em termos de ocupação de espaços.
– É necessário que haja uma alternativa quando a dupla não puder perfilar junta pelo Rubro-Negro. Nas últimas dez partidas com força máxima, em três Ceni não pôde tê-los desde o início. Gabigol não é fixo na área e não se sente confortável de costas, preso entre os zagueiros. Circula para o lado, principalmente direito. Com Pedro titular, essa dinâmica se altera. A área já está ocupada.
– O camisa 21 tem características diferentes. Por mais que saiba sair da área e tabelar com os companheiros, não possui a mesma mobilidade dos titulares. Criar mecanismos coletivos dentro desta realidade e inserir Pedro é algo que Ceni precisa fazer para que o time sofra menos nas ausências da dupla histórica de ataque do Flamengo.
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Nesta temporada, Bruno Henrique participou de 14 jogos, marcou dois gols e contribuiu com quatro assistências – duas a mais do que Gabigol. O camisa 9 da Gávea esteve presente em 15 partidas e celebrou a mesma quantidade de tentos. Pedro, por sua vez, balançou as redes em nove oportunidade dos 14 duelos disputados. Além disso, atuou como garçom em duas chances.
Gabigol e Pedro atuaram juntos em quatro oportunidades nesta temporada. A primeira delas, na vitória por 2 a 1 sobre o Volta Redonda, ainda pela Taça Guanabara. Depois disso, no triunfo por 4 a 1 diante do mesmo adversário; no empate em 2 a 2 com a LDU, pela Libertadores; e no 0 a 0 classificatório do Vélez, também pelo torneio continental.
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