FOTO: DIVULGAÇÃO/BARCELONA SC
Após quase um mês de espera, Flamengo e Barcelona de Guayaquil medirão forças na Copa Libertadores. O jogão desta quarta-feira (22) reúne diversas nuances interessantes, como duas equipes ofensivas e que vem de excelentes campanhas na fase de grupos. Dessa forma, a fim de mostrar um panorama sobre o rival, a reportagem do Coluna do Fla separou uma análise dos comandados de Fabián Bustos.
Vale destacar que, após realizar campanha muito abaixo do esperado na Libertadores 2020, o Barcelona (EQU) se reforçou e contratou um treinador com o perfil do plantel. Desde a chegada de Fabián Bustos, o time de Guayaquil mostrou excelente nível e poder ofensivo, especialmente no Estádio Monumental, casa do ‘El Ídolo’. Tanto que, nesta edição do torneio continental, a equipe equatoriana venceu todos os jogos em seus domínios.
Com isso, a equipe equatoriana promete não dar sossego ao todo poderoso Flamengo, que é apontado como favorito no confronto direto. Mesmo assim, o Barcelona de Guayaquil tem grandes chances de fazer jogo duro, como mostrou na fase de grupos. Ainda que estivesse em um agrupamento complicado, com times de tradição como Boca Juniors e Santos, os comandados de Fabián Bustos passaram em primeiro, com 13 pontos ganhos.
CONFIRA A CAMPANHA DO BARCELONA DE GUAYAQUIL NA LIBERTADORES 2021:
1º colocado no Grupo C
10 jogos (65% de aproveitamento)
5 vitórias
3 empates
2 derrotas
+8 saldo de gols
Com a fórmula e a campanha definidos, só resta embarcar em dois pontos da equipe equatoriana: elenco e estilo de jogo. Sobre o plantel à disposição do técnico Fabián Bustos, não há muito o que explicitar, a não ser as diferenças entre juventude e experiência. Enquanto a defesa é relativamente jovem, atletas como Damián Diaz e Carlos Garcés ditam o ritmo no ataque. O primeiro, em especial, é considerado o termômetro do Barcelona SC.
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Inicialmente, Fabián Bustos gosta de armar a equipe no 4-2-3-1, com três meias atacantes prontos para municiar o centroavante Carlos Garcés. No entanto, ao se deparar com ataques poderosos, como o do Flamengo, o treinador adapta o sistema para o 4-4-2, ou até mesmo o 4-4-1-1. A fim de recuperar rapidamente a bola e partir para o ataque, o meio-campo se posiciona no limite da linha defensiva e se fixa rapidamente com laterais rápidos e ofensivos.
Apesar disso, o Barcelona de Guayaquil tem um ‘Calcanhar de Aquiles’: a bola aérea. Esta é uma questão que, geralmente, ataca times extremamente ofensivos, que valorizam a posse de bola e a marcação individual sob pressão. Dessa forma, o Flamengo de Renato Gaúcho pode, e deve, explorar todas as mazelas possíveis da equipe equatoriana. Vale destacar, também, que o Rubro-Negro conta com excelentes cabeceadores, como Rodrigo Caio, Arão e Bruno Henrique.
Tradicional na Libertadores, o Barcelona de Guayaquil tentará chegar na segunda final de sua história. Contudo, em ambas o clube equatoriano terminou com o vice-campeonato. Em 1990, a equipe enfrentou o Olimpia Asunción na decisão e foi derrotado por 3 a 1 no agregado. Ainda na década de 90, mais precisamente em 1998, o ‘El Ídolo’ perdeu mais uma final, dessa vez para o Vasco da Gama, também por 3 a 1.
Contra o Flamengo, o Barcelona tentará fazer história e derrubar mais um gigante sul-americano em 2021. O jogão entre brasileiros e equatorianos acontecerá nesta quarta-feira (22), às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã. Vale lembrar que, por ter feito melhor campanha na fase de grupos, a equipe de Guayaquil decidirá a vaga na final no Estádio Monumental, uma semana depois, no mesmo horário.