Entidade máxima do futebol sul-americano repudiou os ocorridos nesta semana
Na tarde desta sexta-feira (29), a Conmebol se manifestou sobre os casos de racismo desta semana na Copa Libertadores. Em nota oficial divulgada, a entidade máxima do futebol sul-americano repudiou as ofensas raciais ou qualquer tipo de violência nos torneios por ela organizados.
O último crime de racismo na Libertadores foi flagrado na última quinta-feira (28), durante o jogo entre Flamengo e Universidad Católica (CHI), em Santiago. Torcedores chilenos foram vistos em vídeo e denunciados em depoimentos por imitarem gestos de macacos para os rubro-negros presentes no Estádio San Carlos de Apoquindo.
Apesar dos atos criminosos da torcida, a Universidad Católica se pocisionou oficialmente contra o acontecido em Santiago. O clube chileno declarou intolerância zero para esse tipo de comportamento e garantiu que irá tomar as providência cabíveis para identificar os envolvidos.
Este, contudo, não foi o único caso de racismo nesta semana de Libertadores, Na última terça-feira (26), torcedores de Corinthians e Red Bull Bragantino já haviam sofrido injúrias raciais por parte doa adeptos de Boca Juniors (ARG) e Estudiantes (ARG), respectivamente. Em meio a isso, a Conmebol se viu obrigada a se manifestar e indicar soluções para conter esse tipo de comportamento inaceitável.
VEJA COMUNICADO:
“A CONMEBOL considera ABSOLUTAMENTE INACEITÁVEL qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios. Assume e assumirá sempre a sua quota-parte de responsabilidade no combate a todo o tipo de discriminação. O combate a este flagelo ocupa um lugar central nas preocupações e no trabalho da CONMEBOL, o que se evidencia nas múltiplas campanhas de sensibilização e ações de grande envergadura, bem como na aplicação de sanções a quem incorrer nestas práticas desprezíveis. .
A CONMEBOL promoverá mudanças na regulamentação para AUMENTAR E ENDURECER as penalidades em casos de racismo. Também se compromete a desenhar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano.
O futebol é um difusor incomparável de valores positivos e construtivos na sociedade. Nos campos, treinos e competições, os jogadores de futebol aprendem desde cedo a respeitar seus adversários e valorizar suas virtudes, a tolerar os erros dos companheiros e ajudar a corrigi-los, a trabalhar em equipe e em união, a saber que o caminho para vitória É a do trabalho e do sacrifício. A CONMEBOL intensificará o trabalho contra o racismo e outras formas de discriminação nas CATEGORIAS FORMATIVAS.
É preciso ressaltar que o racismo não é um fenômeno que começa e termina no futebol, que, sendo um espetáculo massivo, torna-se mais um campo de ampla visibilidade em que este e outros vícios sociais podem vir à tona. A sensação de anonimato proporcionada pelas arquibancadas esportiva leva os desajustados a desencadear seu comportamento inaceitável. No entanto, isso mudou muito nos últimos anos, pois agora é possível IDENTIFICAR CLARAMENTE OS INFRATORES E PUNÍ-LOS COM A MAIOR GRAVIDADE.
Esses flagelos não serão superados se não se entender primeiro que eles devem ser atacados em todos os níveis: na educação familiar, nas escolas e faculdades, na mídia, nas organizações civis, no mundo empresarial, através das políticas públicas e certamente também em esportes.
A CONMEBOL exorta todos os jogadores do futebol sul-americano – clubes, federações, mídia e torcedores – a REDOBRAR ESFORÇOS PARA ERRADICAR O RACISMO e outras formas de violência e discriminação e preservar o que há de mais valioso no nosso esporte: sua mensagem de camaradagem, esportividade e saúde concorrência”.