Técnicos portugueses conquistaram muitos títulos no futebol brasileiro, mas Flamengo é mais falado no país europeu
Nos programas esportivos e nas redes sociais, torcedores de Flamengo e Palmeiras costumam debater qual equipe fez mais história: o de Jesus 2019 ou o time atual de Abel Ferreira. Os dois técnicos portugueses também são temas de discussões no país lusitano. Porém, na Europa, de acordo com o jornalista Bruno Andrade, que vive na terra os treinadores, não há conversa: o Rubro-Negro é muito mais falado do que o clube paulista.
— Abel é comentado em Portugal, mas não como Jorge Jesus. Respeitando os dois personagens, respeitando Palmeiras e Flamengo, apesar do Abel ser histórico, ainda assim não tem sequer metade daquilo que o Jorge Jesus teve de impacto na Comunicação Social. Primeiro, o Flamengo atrai muito mais mídia em Portugal do que o Palmeiras, essa é a verdade nua e crua. E o Jorge Jesus tem para si a Comunicação Social, sabe lidar bem com a imprensa no Brasil e especialmente em Portugal. Enquanto o Abel é um pouco mais distante da imprensa —, disse Bruno Andrade, para a ‘ESPN’.
Os dois portugueses não tiveram a oportunidade de se enfrentar no Brasil. Enquanto Jorge Jesus deixou o Flamengo em julho de 2020, Abel Ferreira foi anunciado no Palmeiras em outubro do mesmo ano. Coincidentemente, o time paulista foi atrás do treinador após os dois se enfrentarem na Europa. Na Liga dos Campeões, o técnico alviverde, que dirigia o PAOK (GRE), eliminou o Benfica (POR) do Mister.
Ambos os técnicos foram responsáveis por quebrar longos jejuns de taças da Libertadores dos times que comandaram. Jorge Jesus ajudou o Flamengo a conquistar a competição após 38 anos. Já Abel Ferreira levantou o título do Palmeiras depois de 21 temporadas. Os portugueses seguem caminhos diferentes: enquanto o Mister dirige o Fenerbahçe (TUR), o ex-lateral segue no comando do clube paulista para a próxima temporada.
Sem clubismo, o JJ mudou o nível do futebol jogado no Brasil, simples assim. Em nenhum momento da nossa história, vimos times fazendo pressão para a retomada da bola, como víamos no futebol europeu. O JJ conseguiu implantar essa filosofia do perde e retoma em pouquíssimo tempo. Ouso dizer que, em menos de um mês, já tinha implantado sua filosofia de jogo. No 2° jogo dele, contra o Goiás (6×1) já seria uma amostra. Depois do 8° jogo, qdo perdemos para o Bahia, em Salvador, por 3×1, iniciamos uma virada de patamar. Foi atropelando geral, com um estilo de jogo NUNCA visto por aqui.
O Abel, teve os méritos de, no primeiro ano, em 2020, praticar um futebol reativo, feio, mas muito eficiente. Conseguiu se classificar em cima do River, após uma vitória de 3×0 lá, onde nos primeiros 25′ 1T, poderia ter tomado 3 gols absurdamente perdidos pelos hermanos. Em SP, sofreu, perdeu de 2×0, mas conseguiu fazer a final contra o Santos. Final essa, horrorosa, onde nenhum merecia ganhar. Em 2021, reformulou parte do elenco e tem que agradecer muito a infelicidade do Andreas Pereira. Não fosse a jogada, a história seria outra.
Resumo: Jorge Jesus MUUUITO MAIOR que o Abel Ferreira.
Em tempo: considero o Abel um GRANDE técnico, com muita visão de jogo, com liderança junto aos jogadores, muito chiquilento à beira do campo, mas nada de mais, só isso.