Fonte: Extra
Cristóvão encara hoje mais um teste de fogo no Flamengo. E o adversário não é apenas o Atlético-PR. Sem Guerrero, suspenso, o treinador precisa superar a desconfiança da torcida, a partir das 19h30, no Maracanã. Só uma vitória convincente diminui a pressão da arquibancada. Um novo deslize pode trazer o fantasma das vaias e do coro de burro que tem se repetido nas últimas partidas em casa, e tornar a sequência no trabalho ainda mais difícil.
No clube, dos jogadores ao presidente, o discurso é de apoio e reação contra uma suposta perseguição contra o treinador. O diretor Rodrigo Caetano reforçou que uma troca neste momento, em que o time está evoluindo, seria regredir.
— Essa suposta falta de empatia é traduzida pela falta de resultados. Modificar por causa disso é dar alguns passos atrás. Se tivéssemos avaliado que a equipe não evoluiu com o trabalho dele e os reforços, talvez tivéssemos mudado — disse o dirigente. — O torcedor tem seu peso, mas a gente procura ter coerência no trabalho para não sermos avaliados a cada jogo — argumentou.
A dificuldade do Flamengo em emendar uma sequência de bons resultados e boas atuações faz com que tal melhora fique em segundo plano. A cada tropeço, Cristóvão recebe toda carga de críticas. Por isso, houve reuniões com jogadores e com o presidente Eduardo Bandeira de Mello antes do jogo de hoje para dividir a responsabilidade e confirmar que o trabalho do técnico agrada.
— Não são só os atletas, todos estão unidos para que o Flamengo vença, não apenas pelo Cristóvão. Enquanto estivermos convictos de que o trabalho é bom e se aproxima dos resultados, não precisamos mudar — disse Caetano.
Com 20 pontos, o Flamengo é o 11º colocado a cinco da zona de rebaixamento e a dez do G-4.