Pluri Consultoria – Vai começar mais uma triste temporada dos campeonatos estaduais Brasileiros, essa jaboticaba que insiste em drenar forças dos clubes, que sofrem para se inserir num ambiente global marcado por um futebol cada vez mais profissional e inflacionado. É uma morte lenta.
Um dos reflexos desse enfraquecimento se reflete na perda constante do valor de mercado dos elencos que participam destes campeonatos, que é fruto da falta de capacidade de investimento dos nossos clubes.
– Os Elencos dos 21 principais campeonatos Estaduais + Copas do Nordeste e Verde tem valor de mercado somado de € 1,54 bilhão (R$ 4,7 bi), queda de 7% em relação à 2014, e de 15% em relação a 2013. A queda no valor de mercado reflete o nítido e constante enfraquecimento financeiro das principais equipes do País;
– São Paulo continua a ter o Estadual mais valioso, com os elencos da 20 equipes participantes somando € 311 milhões (R$ 955 milhões, -11% sobre 2013), seguido pelo Rio de Janeiro com € 189 milhões (R$ 581 MM, – 12%) e Minas Gerais, com € 161 milhões (R$ 495 MM, -11%);
– Os 10 Estaduais mais valiosos (SP, RJ, MG, RS, PR, SC, BA, PE, GO, e CE) e a Copa do Nordeste representam 90% do total da soma de todos os Campeonatos Regionais do Brasil;
– Das 23 competições analisadas, apenas 5 tiveram aumento de valor de mercado em 2015, sendo 2 devido ao maior número de clubes participantes. O único campeonato a realmente apresentar elevação sustentável do valor de mercado foi o Catarinense, com € 91 milhões (R$ 280 milhões) e elevação de 11% em relação a 2015, superando, pela 1ª vez, o valor do campeonato paranaense, mesmo com 2 participantes a menos;
– Por outro lado, as maiores quedas estão concentradas no campeonato piauiense (que terá apenas 6 participantes), com -26%, seguido por RJ e CE com -12%, e SP, MG e AL com -11%;
– Quando analisamos em bloco, fica mais perceptível a alteração de forças em curso no futebol Brasileiro. A participação da dupla RIO-SP entre todos os Estaduais caiu de 47% em 2012 para 37% em 2015. MG-RS subiu de 21% para 22%, PR-SC de 8% para 13%, BA-PE avançaram de 7% para 10% e demais Estados passaram de 16% para 18%.
Abaixo estão as tabelas com os valores por campeonato.
Ressalva: Os valores dos campeonatos citadas neste Estudo referem-se exclusivamente à somatória do valor de mercado dos elencos (jogadores inscritos na competição) dos clubes participantes. Não inclui o valor da marca, qualquer outro tipo de ativo físico tangível, intangível, ou direitos a receber de qualquer natureza.
Avaliando o VALOR de um jogador
É comum que os preços dos jogadores no Brasil (e mesmo na Europa) sejam formados de maneira subjetiva, sem critérios nem metodologia de avaliação definida.
A PLURI acredita que o valor de um jogador deve ser definido através da combinação de critérios objetivos (idade, resultados de marketing, condição física, etc), subjetivos (qualidade técnica, disciplina tática, capacidade de decisão, etc) e expectativas com relação ao futuro desse atleta, que por sua vez são influenciadas pelas condições dos mercados vendedores e compradores. A ponderação dessas variáveis, utilizando modelos econométricos semelhantes aos utilizados para avaliação de ativos do mercado financeiro (ações, bonds, etc) permite que se chegue a uma estimativa do valor justo de um atleta.
PLURI SPORTMETRIC – Como a PLURI avalia um jogador
A ANÁLISE PLURI do VALOR DE MERCADO de um jogador é feita com a utilização de Software próprio, o PLURI SPORTMETRIC, cuja metodologia utiliza instrumentos estatísticos e econométricos para avaliar o valor de mercado dos jogadores, considerando 77 critérios de avaliação divididos em 18 ítens:
1) Idade;
2) Fundamentos;
3) Qualidade técnica e encantamento;
4) Capacidade de definição de jogo;
5) Aspectos táticos;
6) Força e condicionamento físico;
7) Disciplina e espírito de equipe;
8) Condição clínica;
9) Titularidade;
10) Posição em que joga;
11) Nível dos campeonatos que atua (Efeito vitrine);
12) Experiência Internacional;
13) Convocações para seleção;
14) Conquistas;
15) Capacidade de Retorno de marketing;
16) Potencial de valorização;
17) Capacidade de adaptação;
18) Demanda atual de mercado.