Fabrício Bruno se emociona ao relembrar rara lesão e lamenta críticas: “Não me machuco porque quero”

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Zagueiro ficou mais de três meses no Departamento Médico do Flamengo


Titular na volta das quartas de final da Copa do Brasil, Fabrício Bruno foi um dos destaques do Flamengo na vitória sobre o Athletico-PR, quarta-feira (17). No domingo (14), contra o mesmo adversário, pelo Campeonato Brasileiro, o zagueiro marcou dois gols em um mesmo jogo pela primeira vez. O bom momento é oposto ao que o camisa 15 passou no início da trajetória no Rubro-Negro. Uma grave e rara lesão no ligamento do dedão do pé o tirou dos gramados por mais de três meses.

Cara, eu não estou machucado porque eu quero. E as palavras ferem muito as pessoas. Eu chegava em casa muito chateado (olhos enchem de água) e precisava dar uma resposta. Processo difícil, muito doloroso para mim. Quando eu vivia talvez um momento mágico no clube acontece (a lesão). Tento jogar o segundo jogo da final e não consigo. E aí faço várias tentativas e não consigo. Volto ao Departamento Médico, fico cinco dias, mas não volto a jogar — disse o defensor, em entrevista ao GE.


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Fabrício Bruno foi anunciado pelo Flamengo em fevereiro de 2022. O zagueiro se machucou na primeira partida da final do Campeonato Carioca, contra o Fluminense, no dia 30 de março. O retorno ocorreu apenas em 10 de julho, diante o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Por conta do longo período de ausência, foi alvo de muitas críticas nas redes sociais e sofria por isso.

Quando se chega num clube e está jogando, você não liga para dores. É você bater o dedo e destroncar. Puxa o dedo e vamos embora. Para mim, era isso. Depois do primeiro dia após o primeiro jogo da final, cheguei na fisioterapia e falei: “puxa meu dedo que ele destronca”. Só que ao mesmo tempo eu sabia que tinha algo. Mas você faz um exame e não pega (identifica), não tem muito o que falar. Fica muito mais na minha queixa clínica. E eu começo a pensar de novo: “Putz, não é possível”. Faço exame daqui, faço exame dali… — acrescentou o camisa 15.

A demora para identificar o que era o problema foi o momento mais difícil para Fabrício Bruno. O zagueiro relembra que sentia dores embaixo do dedo, mas a ressonância não identificava fratura. O defensor revela que chegou até procurar por apoio psicológico para encarar o período. No total, foram realizadas seis ressonâncias até que o problema foi descoberto: uma fratura dentro da cápsula articular do dedo.

(O médico do Fla Márcio) Tannure, me chamou e conversou comigo: “Sei que você tem uma maturidade incrível para os seus 26 anos, mas isso é para você entender os limites do seu corpo. Eu te entendo, você chega num clube grande, é o contrato da sua vida e o clube da sua vida, e você quer jogar. Mas tem que entender o processo. Você tinha uma lesão séria, que desde o começo eu te disse que era séria, mas, no âmbito de querer ajudar, você queria jogar”. “Então pega isso como lição e aprendizado. Quando tiver uma dor, você para (Fabrício se emociona)… Não queira ser herói que isso pode acabar te prejudicando — relembrou o zagueiro.

Em grande fase e 100% recuperado, Fabrício Bruno é opção para o técnico Dorival Júnior para a partida deste domingo (21), contra o Palmeiras, pela 23a rodada do Campeonato Brasileiro. No confronto, marcado para as 16h (horário de Brasília), o Mais Querido tem a chance de diminuir a diferença para seis pontos em relação ao líder da competição. O duelo tem transmissão da TV Globo, mas o Coluna do Fla, no Youtube, traz a narração mais rubro-negra da internet.

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